domingo, 25 de outubro de 2015

Selim Serhed, cantor curdo, foi esfaqueado até a morte por nacionalistas turcos no palco ontem em Istambul, apenas por cantar em seu idioma ancestral.

Agradecimentos a Showan Sam Baban pelas fotos de Selim Serhed postadas por ele no grupo do Facebook Stand With Kurdistan, com a notícia sobre o lamentável assassinato, resultando em mais uma perda de um artista e ativista curdo para o seu povo e para o mundo, que assim fica mais pobre de inteligência e arte, pela ação criminosa de trogloditas supremacistas.

Fotos e comentário postados por Showan Sam Baban‎ no grupo Stand With Kurdistan:
"He was stabbed to death on stage yesterday in Istanbul, Turkey because he sang in Kurdish. RIP"

Link para a notícia:
http://rudaw.net/english/middleeast/turkey/241020151

Foto do cantor curdo com duas de suas três crianças, comentário mais a citação de uma frase de Selim em curdo e sua tradução inglesa postados pelo perfil de Dengê Cîhanê no Facebook
"Ez Hozan'e Kurdistanim" 
(I am a singer of Kurdistan)


'Selim Serhed was a father of 3 kids, RIP.'



Selim Serhed, o cantor curdo assassinado por nacionalistas turcos, é na verdade mais uma vítima do supremacismo islâmico, no caso o fruto do Império Otomano chamado Turquia. 

Seja por pretexto nacionalista ou aos gritos de Allahu Akbar, os supremacistas em geral recorrem ao uso da violência para massacrar minorias culturais, mesmo que em sua maioria estas sejam muçulmanas. 

Praticamente o mesmo ocorreu com o cantor e poeta Amazigh Lounès Matoub (em dialeto Amazigh Kabyle: Lwennas Maṭub), que também era ativista pela causa de seu povo, pelos direitos humanos e o secularismo na Algeria, e que era vilipendiado pela população árabe, fundamentalista islâmica, pelo seu forte ateísmo e, segundo os fanáticos, blasfêmia contra o Islã, em canções como "Allahu Akbar". Os Amazigh algerianos acusam o governo de tê-lo morto mas as autoridades acusam os fundamentalistas islâmicos. 

Já nós deixaremos aqui a reflexão em forma de questionamento: há alguma diferença entre os dois (as autoridades arabizantes algerianas e os fundamentalistas islâmicos) na prática?

 Links relacionados: 

Hacı Birlik, cineasta, ator e produtor, mais um mártir curdo vítima do governo assassino de Erdogan
http://alternativearth.blogspot.com.br/2015/10/the-savagery-committed-by-turkish-state.html

O cantor, poeta, pensador e ativista Amazigh algeriano Lounès Matoub, também assassinado por tiranos 
supremacistas, no caso os apologéticos da arabização na Algéria:
https://en.wikipedia.org/wiki/Loun%C3%A8s_Matoub



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