terça-feira, 25 de agosto de 2015

O Pai Nosso em dialeto aramaico judaico.



Vídeo, links e texto explicativo, incluindo o Pai Nosso em dialeto aramaico judaico, postados pelo canal do Youtube Talmidi Jewish Community

Uploaded on Aug 18, 2010 (Todas as frases entre aspas pertencem ao texto postado pelo canal citado, obviamente)

"The book 'The Original Our Father in Aramaic - A New Discovery' will be published in a few months time. It tells the story of the reconstruction of the prayer in Jewish Aramaic, and gives a completely Jewish understanding of the prayer by placing it into its historical Jewish context. For updates on this, follow us on Facebook"

https://www.facebook.com/home.php?sk=group_154094964656044

For more information on Talmidaism (modern 'Jewish-Christianity'), go to:

http://www.talmidi.co.il/

If you have any questions, or require information, please email: talmidi@hotmail.com

The 'Abbun d'bishmayya': A short talk on the 'Our Father' (Lord's Prayer) in Jewish Aramaic, the form it is said within the Talmidi Jewish community.

"abbun d'bishmayya,
yitqadesh sh'makh!
titey malkhutakh;
tihey re`utakh -
heykhma d'bishmayya,
keyn af be'ar`a.

lachman d'me'ar`a,
hab lan yoma deyn umachra.
ushbaq lan chobayn,
heykma d'af sh'baqnan l'chayyabayn.
ve'al ta`eylan l'nisayuna,
ela atseylan min bisha"

"Our Father, who is in heaven,
Sanctified be Your Name;
May Your Kingdom be fulfilled;
May Your will be realised - 
Just as it is in heaven,
So also upon the earth.

Our bread, which is from the earth,
Give us day by day.
And forgive us our sins,
Just as we should forgive our debtors.
And do not bring us to trial,
Rather deliver us from evil."


"The prayer is a reconstruction of what it might have been in Jewish Aramaic, since we no longer have the actual prayer as spoken by the prophet Yeshua`." (Obs.: Apenas fiz uma correção da repetição de "the prayer" antes de  '...might have been...", substituindo-os, devidamente, pelo pronome 'it'. Foi um mero lapso dos donos do canal que, no entanto, em nada desmerece o imenso valor de sua postagem mas que, ainda assim, convém ser corrigido.)

Nota, não podemos afirmar que este seja o dialeto aramaico galileu que Yeshua Ben Yossef usava no dia a dia, mas sei que há um movimento em Israel que está revivendo este dialeto (aramaico galileu).
Observem neste artigo as reações absurdas de alguns levantinos aculturados pela arabização que, não contentes com esta falsa identidade que a aculturação islâmica lhes impôs, quase conseguiram impedir este movimento de resgate linguístico na cidade de Jish, ao norte de Israel . 
Felizmente, muitos cristãos ortodoxos israelenses, como já foi mostrado aqui em outras postagens, orgulhosamente rejeitam esta arabização revoltante e se reconhecem como cristãos arameus e, por sinal, também como orgulhosos cidadãos israelenses que realmente amam seu país.
Quanto a certos puristas que rejeitam a classificação de "arameus" em relação aos cristãos assírios ortodoxos, se esquecem que o mais importane aqui é rejeitar a aculturação arabizante que lhes usurpou a identidade levantina aramaica e não detalhes que só mesmo em círculos de estudos adiantados têm maior relevância! 
http://www.dailymail.co.uk/news/article-2151686/The-Israeli-village-Christian-children-learning-Aramaic-bid-revive-ancient-language-Jesus-spoke.html

PDF gratuito (é necessário conectar-se com alguma conta, eu uso a do Facebook) - ou então registrar-se no site:
"How do we know Galilean Aramaic was the language of Jesus?"

By Hadrian Mâr Élijah Bar Israël
https://www.academia.edu/7235192/How_do_we_know_Galilean_Aramaic_was_the_language_of_Jesus

É importante observar que, antes da invasão islâmica - desde a região dos atuais Israel e Gaza até o Iraque (e, segundo alguns autores, até uma parte do extremo oeste da Turquia) - cristãos, judeus , zoroastrianos e até os pagãos remanscentes - usavam os dialetos aramaicos de suas localidades específicas e, muitas vezes, dominavam outros idiomas também, devido ao histórico de invasões e intenso comércio da região:
http://www.penn.museum/sites/Canaan/Commerce.html

http://www.biblebelievers.org.au/babelaw.htm

 Obra sobre o assunto: " Commerce and Colonization in the Ancient Near East" by Maria Eugenia Eubet
http://www.amazon.com/Commerce-Colonization-Ancient-Near-East/dp/0521514177/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1440519758&sr=1-1&keywords=9780521514170

E-book (livro eletrônico) gratuito: 
"The Project Gutenberg EBook of Early Israel and the Surrounding Nations"
by Archibald Sayce
http://www.gutenberg.org/files/12976/12976-h/12976-h.htm

O Levante (mediterrâneo):
https://pt.wikipedia.org/wiki/Levante

O termo Levante em seu sentido histórico e mais abrangente:
https://en.wikipedia.org/wiki/Levant
Canaã / Canaan:
Obs.: Este artigo descreve sua extensão histórica de forma mais acurada pois, segundo vários estudiosos, a antiga Canaã, na verdade, abrangia as regiões dos atuais Líbano, Síria, Jordânia, Israel / Gaza e o Iraque. E embora seu autor não tenha incluído este último, alguns textos da Antiguidade a região que viria a ser seu atual território como pertencente à histórica Canaã e até mesmo um trecho do noroeste da atual Turquia. Cabe ressaltar, no entanto, que as descrições de seus limites variam muito nestas fontes da Antiguidade.

https://en.wikipedia.org/wiki/Canaan

Observação importanteO fato de Yeshua ben Yossef ter falado seu dialeto aramaico no dia a dia - como todos os judeus o fizeram de um certo período de sua história antiga até o tempo dos antigos Romanos - e mesmo após a expulsão das elites, sendo depois gradualmente arabizados na terrível aculturação imposta pelos supremacistas islâmicos a todo o Levante - não quer dizer que ele não rezasse em hebraico nas sinagogas onde pregava, pelo contrário! Os judeus rezavam neste idioma e Yeshua, portanto, também o usava, ao recitar as preces judaicas nos templos de seu povo.

A meu ver, ele é aquele que se chama de Ebion/Evion - um epíteto significando "o pobre", o qual se estendia à sua seita nazirita, os Ebionim/Evionim, devido à simplicidade que caracterizava o estilo de vida ascético de seus fundadores (e de seus seguidores, obviamente).
Eis alguns artigos sobre eles (há outras postagens no blog sobre o assunto no marcador "Primórdios do Cristianismo"):
https://en.wikipedia.org/wiki/Ebionites

Evidentemente, sempre haverá os que levantam hipóteses estapafúrdias, como este no link logo abaixo:
http://bcharchive.org/2/thearchives/showthread5396.html?t=311025&page=4

Contudo, seus argumentos não me convenceram, fico com a tese dos Ebionim, como demonstrado no site e em outros sites sobre esta seita judaica antiga:
http://www.ebionim.org/

As escrituras judaicas, por sinal, em geral se constituem do texto principal em hebraico e as exegeses e hermenêutica em aramaico, e parte do Talmud, a Gemarah, é escrita em aramaico, por sinal. Os Levantinos, desde cedo, precisavam lidar com povos falantes de diferentes idiomas e, embora o aramaico fosse uma língua internacional, precisavam em geral usar o latim com o dominador romano e também usavam o grego, como se pode constatar nos trechos dos Pergaminhos do Mar Morto neste idioma. Eis aqui um excelente artigo de cunho bem didático, em inglês, sobre as línguas usadas nos famosos pergaminhos (inclusive os diferentes tipos de Aramaico, assim como o Hebraico, o Latim, o Grego,etc):

http://www.deadseascrolls.org.il/learn-about-the-scrolls/languages-and-scripts?locale=en_US

Exegese e hermenêutica:
http://hermeneutics.stackexchange.com/questions/36/what-is-the-difference-between-exegesis-and-hermeneutics

E a antítese da exegese: a eisegese, quando se tenta alinhar um texto a sua própria ideologia, forçando um sentido não cabível nas palavras encontradas no texto religioso, ou seja, a interpretação pessoal.

http://www.gotquestions.org/exegesis-eisegesis.html

Aproveitando o ensejo,como sempre faço questão de lembrar, não sou cristão e, embora divulgue a tradição judaica em suas vertentes mais progressistas, por descender também de israelitas (mas não só, como milhões de latinos), tampouco sigo o judaísmo (pelo menos não o ortodoxo). No entanto, compartilho estes links sobre Teologia Inclusiva para os nossos LGBTIs cristãos:
http://teologiaeinclusao.blogspot.com.br/2014/08/hermeneutica-e-exegese.html

"Conhecimento e Graça 2 - Hermenêutica e Exegese"
https://www.youtube.com/watch?v=Z47eUCJZoPc

Penso que somos essencialmente luz e, nossos corpos abençoados, poeira
das estrelas (a própria ciência o diz) tornada em preciosa biologia humana, que, por sua vez, é pura luz condensada também.

P.S.: Perdoem as repetições ad nauseam sobre a questão dos dialetos aramaicos terem sido falados por todos os levantinos, até a lamentável arabização pelos supremacistas islâmicos. É que, contando com a possibilidade de que muitos poderão não ler todas as partes destas explicações, procurei, pela repetição, dar mais chances de visibilidade a este crucial fenômeno linguístico-político, cujas profundas repercussões políticas se fazem sentir até hoje no moderno Levante (e também em relação a outros idiomas ancestrais do norte africano, preteridos por esta aculturação politicamente imposta pelos invasores árabes naquela região).

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