quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Irsha Manji, uma LGBTI muçulmana progressista, fala sobre o falso multiculturalismo e seu movimento de reforma por um islamismo progressista.

Agradecimentos à página Lei Islâmica em Ação pela tradução, foto de Irsha Manji e pelos links da reportagem:

https://www.facebook.com/725178184175216/photos/a.725748914118143.1073741828.725178184175216/1241020239257672/?type=3&comment_id=1241279642565065&reply_comment_id=1241291732563856&offset=0&total_comments=3&notif_t=photo_reply

"Irshad Manji sobre o " Multiculturalismo"

" A controversa escritora muçulmana, professora universitária, "reformadora do Islã", filha de migrantes (egípcios e indianos) vindos de Uganda para o Canadá, Irshad Manji, discute o impacto do multiculturalismo em mulheres islâmicas 

Irshad Manji afirmou que o multiculturalismo entra em conflito com as aspirações de igualdade de género. 
Segundo Manji, que é declaradamente lésbica, o "multiculturalismo" é péssimo para as mulheres muçulmanas, pois a grande maioria das culturas islâmicas são patriarcais, o que leva a um maior favorecimento dos indivíduos do sexo masculino (em relação às mulheres). 
Quando a sociedade ocidental emparelha o "Multiculturalismo" com os costumes patriarcais das sociedades islâmicas, esta sociedade preserva as tradições culturais dos imigrantes, ou seja, os "multiculturalistas" reforçam os costumes patriarcais de abuso, submissão e opressão da mulher islâmica que são perpretados pelas sociedades islâmicas. O que significa que o "Multiculturalismo" se choca e vai contra uma das principais aspirações das sociedades ocidentais democráticas, que é a " Igualdade de Gênero ". 
Chegou a hora de substituir o " Multiculturalismo" por algo mais justo para com as mulheres que vieram de sociedades islâmicas para viver em democracias ocidentais.
Chegou a hora de substituir o " Multiculturalismo" por algo que não reinforce a prática de abusos contra as mulheres imigrantes vindas de sociedades islâmicas.
Quando o " Multiculturalismo" preserva um costume que é crime contra a mulher e contra os direitos humanos, os defensores do "Multiculturalismo" se tornam cúmplices da perversidade dessa sociedade islâmica misógina.
É hora dos canadenses evoluírem o conceito de " Multiculturalismo" para o conceito de " Diversidade". 
O " Multiculturalismo " é sobre a preservação de uma mentalidade de um grupo, o que equivale a rotulagem.
Diversidade, por outro lado, é mais do que a cor da pele, a religião e o sexo de outra pessoa. " Diversidade " é agir dentro da realidade, a partir de diferentes pontos de vista, incluindo-se o ponto de vista dos indivíduos mais vulneráveis daquela comunidade imigrante. 
O "multiculturalismo", por outro lado, atualmente, se resume a apenas ouvir o que os líderes auto-nomeados dessas comunidades culturais nos dizem, negligenciando o ponto de vista das minorias daquela sociedade imigrante.
Esta é a dura verdade que todos nós temos de lidar e que muitos se negam a enxergar: " Diferentes pontos de vista, naturalmente, ofendem pessoas diferentes. Mas a ofensa não é um problema a ser evitado a qualquer preço. O ataque ao status quo vigente é o preço da diversidade honesta. Chega de identidades com hífen: " afro-americano", " árabe-americano", etc...
A próxima etapa na evolução é a " Cidadania Global". O que isso significa " Cidadania Global"? 
Ser cidadão é participar. Mas você não pode participar efetivamente se você está constantemente com medo de ofender alguém. Temos de ir além do medo de ofender e falar as nossas verdades, defender os nossos pontos de vista como indivíduos, não como produtos de alguma linha de montagem cultural. 
As escolas deveriam substituir o "Dia do Multiculturalismo" pelo " Dia da Cidadania Global". Isto significaria incentivar os alunos a fazer perguntas sobre si mesmos e uns aos outros - especialmente as perguntas que eles nunca perguntaram em voz alta, porque eles temiam que alguns fossem se ofender ou se enfurecer. 
A finalidade de tal exercício é dotar os alunos com a permissão de fazer perguntas em voz alta, isso é construir "coragem", o que é crucial para uma era em que vamos precisar explorar diferentes ideias em prol da resolução de dilemas globais.

Por exemplo, no meu caso, Deus me fez muito mais do que gay, muito mais do que muçulmano, e é por isso que eu abraço a defesa do " pensamento independente" dentro do Islã - conhecido como " Ijitihad " ou " anti-jihad ", que é uma verdadeira "luta" a favor do " pensamento independente " dentro do Islã. 

Eu sou conhecida como ferrenha crítica do Islã, e sofro ameaças de morte diriamente por isso, e o que mais me preocupa é que os muçulmanos são o problema com o Islã hoje. E a causa disto é porque os indivíduos não podem desafiar e questionar abertamente a ideologia do Islã. 
Obviamente que os fanáticos religiosos existem em todas as religiões, não só no Islã, mas nas outras religiões, os fanáticos podem ser questionados pelos demais fiéis sem se preocupar com ameaça às suas vidas. O mesmo ainda não é verdade no Islã. 
A questão basicamente é: como debater e se envolver com civilidade, em vez de hostilidade. Se estamos dispostos a ser honestos, então nossos julgamentos são contingentes em ter mais experiências de vida e ouvir argumentos melhores para melhorar nossas vidas. É por isso que a liberdade de expressão é tão central para a diversidade.

Eu desenvolvo o " Projeto Coragem Moral", uma pesquisa de costumes que faço na Universidade de Nova York, é um programa multi-mídia que fala sobre valores. Esse projeto consiste que as pessoas contem suas histórias de vida, pessoas do mundo todo, contando suas histórias como indivíduos em que sofrem desprovação pelas suas escolhas, reprovação vinda de sua família, de sua sociedade, de seus pares. Eles contam sobre o risco social de assumir sua escolha. Nossos vídeos são livres para todos no youtube. Nesse projeto de pesquisa, a minha missão e da minha equipe é mostrar que é possível viver com integridade. O " Projeto Coragem Moral" tem a finalidade de inspirar os jovens muçulmanos a fazer a sua " Ijitihad", ou seja, a é luta contra o sistema opressor em que vive o jovem islâmico e que não lhe dá escolhas. O meu "Projeto Ijtihad" é uma fundação sem fins lucrativos que ajuda a uma nova geração a modernizar as suas interpretações das Sunnahs, da sua fé e das escrituras. Nosso serviço fundamental é a equipe de orientação. Esta é uma rede internacional de mentores. Entre os mentores há teólogos progressistas, assistentes sociais e estudantes. Eles abordam questões sobre como iniciar diálogos honestos com familiares, amigos e colegas de trabalho, na sociedade islâmica.
Nossa demanda vem principalmente de casais inter-religiosos, muitas vezes desesperados pela aceitação de suas famílias. Mas milhares de muçulmanos jovens, em todo o mundo, enviam as suas perguntas através do site da equipe de orientação. " '

http://www.thestar.com/news/gta/2014/03/07/qa_irshad_manji_on_multiculturalism.html

https://www.youtube.com/user/MoralCourageChannel

https://www.youtube.com/watch?v=6Bt8SLhkwLA



Link relacionado:  Imã Gay, Ludovic- Mohamed Zahed, fala de sua experiência de vida:
Vídeo do canal do MEMRI TV
"Gay Imam Ludovic-Mohamed Zahed: "AllahDoes Not Speak against Homosexuality in the Quran"
https://www.youtube.com/watch?v=B0akjKSRLK0

Agora confronte com o que a maioria ortodoxa dos muçulmanos pensa sobre LGBTs:

"Imam Tells Gay Muslims He Should Be Killed"
https://www.youtube.com/watch?v=ibmaiIGr56w

"Islamic sharia law demands execution of homosexuals.flv"
https://www.youtube.com/watch?v=WA7YjIskWDc


"Qur'an, Hadith and Scholars:Homosexuality"





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